segunda-feira, 20 de maio de 2013

Poema despretensioso- Nem leveza (sem revisão)


Nem leveza 

O cão estirado ao sol, dorme.
As aves em algazarra.
O farfalhar da amoreira- lamento.

O filho dorme.
A janela trepida e deixo.
Nada quebra o silêncio.

O canto matinal não me alegra,
a dor da ausência dele-
cinco anos contados nesta madrugada.

Como o tempo no amor?

A voz antes conforto- emudeceu.
O corpo morno, hoje pó, num jardim distante.
Não me peçam sorrisos, por favor, nem leveza.