Nem leveza
O cão
estirado ao sol, dorme.
As aves em
algazarra.
O farfalhar
da amoreira- lamento.
O filho
dorme.
A janela trepida e deixo.
Nada quebra
o silêncio.
O canto
matinal não me alegra,
a dor da
ausência dele-
cinco anos
contados nesta madrugada.
Como o tempo
no amor?
A voz antes
conforto- emudeceu.
O corpo
morno, hoje pó, num jardim distante.
Não me peçam
sorrisos, por favor, nem leveza.
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