quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Miniconto IV- A cigarra e o pastis
A cabeça pesa sobre a nuca dolorida. Há quanto o corpo é presença constante? A leveza é conquistada.
Ao entardecer, a cigarra a irrita- sirene intermitente. As frágeis asas sustentam o grito ensurdecedor.
Na grama, ainda tépida, o gato se espreguiça. Tenta prendê-lo com as pernas em tesoura. Arranha sua pele. Foge. Ela o chama. Nada.
Na sala, o copo de cristal com o sabor refrescante do anis. Leveza fugaz.
Já é noite.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Gostei, parece poesia do Carpinejar, algo de "current" e belo. Besos.
Felipe, bom que veio ler- merci, mon cher. Não leio o Carpinejar, mas deve ser bom.
Bjos Laura
Postar um comentário