Vingativa
A mão fria dele cobriu a minha. Procuro sempre escondê-las- sempre desejei outras, mais bonitas- dedos longos.
Distraída, enquanto lhe contava da viagem, deixei-as sobre a mesa.
Ele me interrompendo perguntou, ar curioso:
- E a revista, você contínua escrevendo e tentando?
- Nunca mais a comprei, respondo.
Ele, que sentara à minha frente, curva-se sobre a mesa sorrindo e me toca dizendo:
- Descobri que é vingativa.
Recolhi a mão num gesto rápido e confirmei- olhos nos olhos.
- Cuidado comigo.
Ele agora acredita.
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