segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Naquela manhã de domingo


Naquela manhã de domingo


Despertou com a mão dele em sua coxa, abria caminho entre suas pernas. Fingiu dormir. Ele continuou. Ela gemeu. Ele, então, colocou um dos braços sob o corpo dela e a enlaçou trazendo-a para mais perto. Abraçou-a com força.
Sentiu o cheiro de sono, o calor de sua nuca, conforto.
A luz que vinha da porta a cegava, moveu o corpo para que ele mudasse de posição. Ele, então, colocou o corpo sobre o dela. Apoiava-se nos braços e a beijava no pescoço. Abriu os olhos, trouxe com as mãos o seu rosto. Olhou cada traço, desenhou-o na memória. Este, que ela descobria, era pouco diferente daquele que ela sonhara.
Beijou os olhos que a olhavam ternos.
Pediu para que soltasse o corpo, deixasse o peso todo sobre ela. Queria sentir que ele era real. Queria inscrever aquele corpo no dela.

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