Manhã de domingo
Despertou com a mão dele em sua coxa, abria caminho entre suas pernas. Fingiu dormir. Ele continuou. Gemeu. Ele, então, colocou um dos braços sob o corpo dela e a enlaçou trazendo-a para mais perto. Abraçou-a com força.
Sentiu o cheiro de sono, o calor de sua nuca, sentiu conforto.
A luz que vinha da porta a incomodava, moveu o corpo para que ele mudasse de posição. Ele colocou o corpo sobre o dela, apoiava-se nos braços e a beijava no pescoço. Abriu os olhos, trouxe com as mãos o seu rosto, olhou cada traço, desenhou-o na memória. Este, que ela descobria, era pouco diferente daquele que ela sonhara.
Beijou os olhos que a olhavam ternos.
Pediu para que soltasse o corpo, deixasse o peso todo sobre ela. Queria sentir que ele era real. Queria inscrever aquele corpo no dela.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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3 comentários:
Como é o cheiro do sono?
Sonhos que sucedem...
Beijo.
Oi! Cheguei aqui por um RT do arnobio1969, achei interessante o título e vim ver do que se tratava. Não resisti, comento: Muito belo esse microconto. Me traz boas memórias. Parabéns.
Abraço,
Juliano B.
Hum, que delícia de conto, muito sensual e delicado, sensível.
Adorei. Delicadeza de sensações.
Um abraço, minha amiga.
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