Tudo lhe escapa
A mão adormecida a despertou. Olha a janela- amanhece. Nada a fazer tão cedo.
Tenta dormir de novo, a fome não deixa. Lembra dele. Poderia voltar a dormir e sonhar. Não, não quer sonhar. Levanta, abre a janela e deixa o sol incipiente tomar conta da cama. Vai se movendo, acompanhando o feixe de luz. Primeiro nas costas, depois nas pernas. Abre-se, facilitando a entrega, deixa que o sol a tome.
O pensamento fugidio escapa para coisas banais- o que há na geladeira, as compras a fazer...
O corpo esfria. O sol se foi.
Ela se levanta, dá água para os gatos, coloca a água para o café- tem fome.
Ela se levanta, dá água para os gatos, coloca a água para o café- tem fome.
4 comentários:
E depois de ser acariciada pelo sol
unida com ele numa quase caricia intima.....se torna humana de novo e tem fome.
fome fome fome
afagos de saudades
te encontrei no nassif.
um abraço.
romério
A DENISE foi PERFEITA no seu comentário!
Gostei de ler, ELIANE.
Deixo um beijo, mas fora da geleira.
Gostei do texto no canto superior direito, onde agradece que lhe digam caso se detecte um erro. Revela uma nobreza de alma como há poucas.
Abraços
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