domingo, 24 de julho de 2011

Na palma da mão

Na palma da mão


Amanheceu tristonha. Tomava o café da manhã pensativa quando ouviu um grunhido. Camundongo? Pássaro? Um filhote de rolinha se debatia no chão da cozinha. A gata deve ter trazido, pensou.
Observou o pássaro na palma da mão- tão frágil. Levou-o até o muro onde voou para o jardim vizinho- lá estaria a salvo.
Minutos depois o filhote jazia no chão da cozinha. Pegou-o sem vida. Precisaria enterrá-lo, mas ainda estava tépido. Virou-o na mão, na tentativa de que revivesse. Nada.
Sob a bananeira, enterrou-o depois de segundos de estranheza, ele ainda estava quentinho.

PS: Fiz antes uma crônica, está aqui.

Nenhum comentário: